PS e Chega reúnem-se em separado para discutir Orçamento do Estado

por Lusa
O parlamento acolhe reuniões do PS e Chega com o orçamento no horizonte Pedro A. Pina - RTP

PS e Chega reúnem esta terça-feira os seus grupos parlamentares para discutir o Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), quando faltam três dias para a apresentação do documento na Assembleia da República, na quinta-feira.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que já se encontrou por duas vezes com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para negociar uma abstenção no orçamento, tem prevista uma reunião com os deputados socialistas.

Também para hoje, o líder do Chega convocou uma "reunião de urgência" do grupo parlamentar do partido, justificando-a com o "contexto delicado" atual "perante o OE para 2025" e a "responsabilidade perante o país".
Passos da negociação

Na segunda-feira, o Conselho de Ministros pré-aprovou "dentro do Governo" a proposta de OE2025 que terá de entregar no parlamento na quinta-feira, mas a versão final aguarda ainda "negociações em curso" com PS.

Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro já tiveram duas reuniões e trocaram três propostas. A última foi feita, na sexta-feira, pelo PS e ainda aguarda resposta formal da parte do Governo.

Primeiro, em 27 de setembro, Pedro Nuno insistiu na recusa do IRS Jovem e na baixa do IRC, propostas pelo Governo, e apresentou propostas alternativas como o aumento extraordinário de 1,25% das pensões até 1.565 euros e a dotação de 500 milhões de euros anuais para investir em habitação pública para a classe média.

“Radical e inflexível”, comentou depois o primeiro-ministro, que prometeu apresentar aos socialistas uma “proposta irrecusável” na quinta-feira.

Em nova reunião, Luís Montenegro admitiu “adotar o modelo de IRS jovem do PS” e “cortar significativamente” a redução prevista para o IRC, as duas “linhas vermelhas” do PS.

A resposta chegou na sexta-feira e o líder do PS afirmou-se otimista, acolheu a proposta de IRS Jovem do Governo, com uma redução do tempo do benefício, e no IRC aceita a descida de um ponto percentual, desde que não haja mais reduções.


PUB